Ora, é óbvio que uma apreciação do humorístico não e um mal em si. Quando Deus nos fez, incluiu o senso de humor como um traço característico embutido em nossa estrutura, e o ser humano normal possui este dom, pelo menos em algum grau, A fonte do humorismo e a capacidade de perceber o incôngruo. As coisas que estão fora de foco nos parecem engraçadas, e podem despertar em nós um sentimento de diversão que irromperá em risada. Os ditadores e os fanáticos não têm senso de humor. Hitler nunca percebeu como ele parecia divertido, nem Mussolini soube como soava ridículo quando declamava solenemente as suas frases bombásticas.
O religioso fanático olha para situações tão cômicas que chegam a provocar incontrolável hilaridade em pessoas normais, e não vê nada de divertido nelas. Este ponto cego em sua constituição impede que veja quão seriamente fora de foco estão a sua vida e as suas crenças. E na medida em que é cego para o incôngruo, é anormal; não e integralmente o que Deus quer que ele seja.
Bom humor é uma coisa, mas frivolidade é outra muito diferente. O cultivo de um espírito que não pode levar nada a sério é uma das grandes maldições da sociedade e, dentro da igreja, tem servido para impedir muita bênção espiritual que doutro modo teria descido sobre nós. Todos temos encontrado aqueles que não são sérios nunca. Reagem a tudo com uma risada e com uma observação engraçada. Isto já e bastante ruim no mundo, mas positivamente intolerável entre os cristãos.
Não permitamos que um senso de humor pervertido nos arruíne. Algumas coisas são engraçadas, e podemos muito bem rir algumas vezes. Mas o pecado não é divertido; a morte não é divertida. Não há nada de engraçado num mundo cambaleando à beira da destruição; nada de engraçado na guerra e na visão de rapazes esvaindo-se em sangue nos campos de batalha; nada de engraçado nos milhões que perecem cada ano sem jamais terem ouvido o Evangelho de amor.
É hora de traçarmos uma linha divisória entre o falso e o verdadeiro, entre as coisas incidentais e as vitais. Montões de coisas podemos deixar passar com um sorriso. Mus quando o humorismo toma a religião como seu objeto de diversão, já não é natural — é pecaminoso e deve ser denunciado pelo que é. e deve ser evitado por todo aquele que deseja andar com Deus.
Não permitamos que um senso de humor pervertido nos arruíne. Algumas coisas são engraçadas, e podemos muito bem rir algumas vezes. Mas o pecado não é divertido; a morte não é divertida. Não há nada de engraçado num mundo cambaleando à beira da destruição; nada de engraçado na guerra e na visão de rapazes esvaindo-se em sangue nos campos de batalha; nada de engraçado nos milhões que perecem cada ano sem jamais terem ouvido o Evangelho de amor.
É hora de traçarmos uma linha divisória entre o falso e o verdadeiro, entre as coisas incidentais e as vitais. Montões de coisas podemos deixar passar com um sorriso. Mus quando o humorismo toma a religião como seu objeto de diversão, já não é natural — é pecaminoso e deve ser denunciado pelo que é. e deve ser evitado por todo aquele que deseja andar com Deus.
Têm sido feitas inumeráveis preleções, canções têm sido entoadas e livros têm sido escritos exortando-nos a encarar a vida com um sorriso e a rir de modo que o mundo possa rir conosco; lembremo-nos. porém, de que, por mais alegres que os cristãos possam ficar, o diabo não é tolo. Ele é insensível e sério, e afinal veremos que ele estivera competindo para ganhar. Se nós que nos proclamamos seguidores do Cordeiro não levarmos as coisas a sério, Satanás o fará, e ele e bastante astuto para usar a nossa leviandade para destruir-nos.
Não estou argumentando em prol de uma solenidade antinatural; não vejo valor na melancolia, e não vejo mal numa boa risada. Minha luta é por uma seriedade grandiosa que harmonizará a nossa disposição de ânimo com a do Filho do homem, dos profetas e dos apóstolos das Escrituras. A alegria do Senhor pode tornar-se a música dos nossos corações, e o júbilo do Espírito Santo modulará as harpas dentro de nós. Então poderemos alcançar aquela felicidade moral que é uma das marcas da verdadeira espiritualidade, e também poderemos escapar dos maus efeitos do humorismo impróprio.
A. W. Tozer